Jon P. McGlocklin, nascido em Franklin, Indiana, em 10 de junho de 1943, foi um armador de 6’5″ da Indiana University, que foi selecionado pelo Cincinnati Royals na terceira rodada do NBA Draft de 1965.
McGlocklin um armador novato com o Cincinnati Royals em 1965, fez sua estreia em um jogo de pré-temporada contra o St. Louis Hawks em Erlanger, Kentucky, e estava a caminho de marcar um seu layup para seus primeiros pontos como profissional.
Foi quando o layup incontestável se tornou contestado.
“Richie Guerin, dos Hawks, me agarrou por trás, me jogou no chão, passou por cima de mim e disse: ‘Bem-vindo à NBA, novato'”, disse McGlocklin, acrescentando que Guerin, um veterano duro e combativo, usou uma palavra que não estava apto para impressão. “Estava abalado. Tinha que arremessar os lances livres e errei os dois”.
Apesar dessa introdução rude, McGlocklin derrotou seis outros armadores pela vaga final na lista dos Royals e passou a desfrutar de uma carreira de jogador de 11 anos.
Depois de duas temporadas lá, ele foi deixado desprotegido no draft de expansão de 1967 e selecionado pelo San Diego Rockets. Ele ficou apenas uma temporada em San Diego antes de ser deixado desprotegido no draft de expansão de 1968, no qual foi levado pelo Milwaukee Bucks.
“Jonny Mac” se juntou à expansão dos Bucks em sua temporada inaugural de 1968-69, marcou a primeira cesta na história da franquia e foi titular na equipe campeã da NBA de 1971, com média de 15,8 pontos e 53,5% de arremessos.
McGlocklin jogou as últimas oito temporadas de sua carreira em Milwaukee, ajudando a levar os Bucks ao campeonato da NBA, como companheiro de equipe de Kareem Abdul-Jabbar e Oscar Robertson, em 1971. Ele marcou 9.169 pontos em sua carreira na NBA, e sua camisa 14 foi aposentada pela franquia dos Bucks. Ele também representou os Bucks no NBA All-Star Game de 1969.
Ele era mais conhecido por seu arremesso “rainbow” de alto arco das alas, no que agora seria o território de três pontos. McGlocklin foi mais eficaz quando combinado em uma jogada de dois homens com Jabbar: se o armador adversário recuasse para uma dupla marcação em Jabbar, McGlocklin os faria pagar do perímetro; quando o armador saía para marca-lo, ele passava a bola para Jabbar com apenas um defensor, que na maioria das vezes estava em desvantagem.
McLocklin se aposentou no final da temporada de 1975-76; ele era o último membro da lista inaugural dos Bucks ainda na equipe. Ele imediatamente se juntou à equipe de transmissão de televisão dos Bucks como comentarista, cargo que ocupou por 45 anos. Ele e o locutor Jim Paschke comentaram os jogos dos Bucks juntos por 35 anos até a aposentadoria de Paschke no final da temporada de 2020-21.
Sua carreira abrange toda a história da franquia dos Bucks.
“Todos os proprietários, todos os treinadores, todos os GMs, todos os jogadores, todos os treinadores”, disse ele. “Já vi todos eles.”
“Os Bucks, para mim, eles são nossa família. Percebo que mudou, mas ainda é a franquia, a organização, o logotipo. Isso é família para nós. Estamos aqui desde junho de 68. Criamos nossa família aqui .”
Tendo sido associado à franquia Bucks por quase seis décadas de sua existência, ele é frequentemente chamado de “Mr. Buck” pelos fãs dos Bucks.
McGlocklin foi selecionado como um dos “Top 50 Basketball Players” do século 20, em seu estado natal de Indiana, além de ser introduzido no Indiana Basketball Hall of Fame, na Wisconsin Basketball Coaches Association e no Wisconsin Athletic Hall of Fame.
Oscar Palmer Robertson nasceu em 24 de novembro de 1938, na pobreza em Charlotte, Tennessee. Quando ele tinha aproximadamente 18 meses, seus pais se mudaram para Indianápolis, onde ele cresceu em um conjunto habitacional segregado. Ele preferia jogar basquete ao invés de beisebol, que era mais popular no bairro porque era “um jogo de crianças pobres“. Ele aprendeu a atirar usando bolas de tênis e trapos embrulhados com elásticos e jogando-os em uma cesta de pêssegos nos fundos da casa de sua família.
Sua carreira de jogador, especialmente durante o High School e College, foi atormentada pelo racismo.
Robertson frequentou a Crispus Attucks High School, uma escola secundária totalmente negra, onde foi treinado por Ray Crowe, cuja ênfase em um jogo fundamentalmente sólido teve um efeito positivo no estilo de jogo de Robertson. No segundo ano em 1954, ele estrelou pela equipe dos Attucks que perdeu nas semifinais estaduais para os eventuais campeões estaduais Milan, cuja história mais tarde seria a base do clássico filme de 1986 Hoosiers. Quando Robertson era um júnior, Crispus Attucks dominou seus adversários, registrando 31-1 e vencendo o campeonato estadual de 1955, o primeiro para qualquer escola totalmente negra no país. Foi também o primeiro campeonato estadual vencido por uma equipe de Indianápolis no torneio Hoosier. No ano seguinte, a equipe terminou com um registro perfeito de 31-0 e conquistou o segundo título consecutivo do estado de Indiana, tornando-se a primeira equipe de Indiana a garantir uma temporada perfeita e compilando um recorde estadual de 45 vitórias consecutivas. Robertson marcou 24,0 pontos por jogo em sua temporada sênior e foi nomeado Indiana “Mr. Basketball” em 1956. Após sua formatura naquele ano, Robertson se matriculou na University of Cincinnati.
Robertson continuou a se destacar na University of Cincinnati, registrando uma incrível média de pontuação de 33,8 pontos por jogo, a terceira maior da história da faculdade. Em cada um de seus três anos, ele ganhou o título nacional de pontuação, foi nomeado All-American, e foi escolhido o College Player of the Year, ao estabelecer 14 recordes da NCAA e 19 escolares.
O jogo estelar de Robertson levou os Bearcats a um registro geral de 79-9 durante suas três temporadas na equipe, incluindo duas aparições no Final Four. No entanto, um campeonato iludiu Robertson, algo que se tornaria uma ocorrência repetida até o final de sua carreira profissional. Quando Robertson deixou o college, ele era o maior pontuador de todos os tempos da NCAA até que o jogador do Hall of Fame, Pete Maravich, o superou em 1970. Robertson levou Cincinnati à proeminência nacional durante seu tempo lá, mas o maior sucesso da universidade no basquete ocorreu imediatamente após sua partida, quando a equipe conquistou títulos nacionais em 1961 e 1962, perdendo um terceiro título em 1963 por apenas dois pontos.
Ele continua no topo do livro de recordes dos Bearcats. Os muitos recordes que ele ainda detém incluem: pontos em um jogo, 62 (um de seus seis jogos de 50 pontos ou mais); triple-doubles na carreira, 10; rebotes na carreira por jogo, 15,2; e pontos de carreira, 2.973.
Robertson teve muitos desempenhos de jogo individuais excelentes, incluindo 10 triple-doubles. Seu recorde pessoal pode ter sido sua linha de 45 pontos, 23 rebotes e 10 assistências contra Indiana State em 1959.
Apesar de seu sucesso na quadra, a carreira universitária de Robertson foi azedada pelo racismo. Naquela época, os programas universitários do sul, como os de Kentucky, Duke e North Carolina, não recrutavam atletas negros, e as viagens para cidades segregadas eram especialmente difíceis, com Robertson muitas vezes dormindo em dormitórios universitários em vez de hotéis. Décadas após seus dias de college, a carreira estelar de Robertson na NCAA foi recompensada pela Basketball Writers Association dos Estados Unidos quando, em 1998, eles renomearam o troféu concedido ao College Player of the Year da Division I da NCAA para Oscar Robertson Trophy. Esta honra trouxe o círculo completo do prêmio para Robertson desde que ele ganhou os dois primeiros prêmios já apresentados.
Robertson se tornou elegível para o NBA Draft de 1960. Ele foi selecionado pelo Cincinnati Royals como uma escolha territorial. Os Royals deram a Robertson um bônus de assinatura de U$ 33.000.
Em sua estréia na NBA, Robertson registrou 21 pontos, 12 rebotes e 10 assistências em uma vitória por 140-123 sobre os Lakers. Em 15 de novembro de 1960, Robertson registrou um recorde na carreira de 44 pontos, além de 15 rebotes e 11 assistências na vitória por 124-115 sobre o Philadelphia Warriors.
Em sua temporada de estreia, Robertson teve médias de 30,5 pontos, 10,1 rebotes e 9,7 assistências (liderando a liga), quase com média de um triple-double durante toda a temporada. Ele foi nomeado NBA Rookie of the Year, foi eleito para o All-NBA First Team, o que aconteceria em cada uma das nove primeiras temporadas de Robertson, e fez a primeira de doze aparições consecutivas no All-Star Game. Além disso, ele foi nomeado o MVP do All-Star Game da NBA de 1961 após seu desempenho de 23 pontos, 14 assistências e 9 rebotes em uma vitória do Oeste. No entanto, os Royals terminaram com um registro de 33-46 e ficaram no porão da Western Division.
Robertson teve uma média de triple-double em suas primeiras cinco temporadas na NBA com os Royals, registrando médias de 30,3 pontos, 10,4 rebotes e 10,6 assistências por jogo em 451 partidas.
A partir da temporada de 1964-65, as coisas começaram a azedar para a franquia. Apesar de Robertson registrar médias de pelo menos 24,7 pontos, 6,0 rebotes e 8,1 assistências nas seis temporadas seguintes, os Royals foram eliminados na primeira rodada de 1965 a 1967, depois perderam os playoffs de 1968 a 1970. Na temporada de 1969–70, a sexta temporada decepcionante consecutiva, o apoio dos fãs estava diminuindo. Para ajudar a atrair o público, o técnico Bob Cousy, de 41 anos, fez um breve retorno como jogador. Por sete jogos, o ex-armador dos Celtics fez parceria com Robertson no backcourt dos Royals, mas eles perderam os playoffs.
Antes da temporada de 1970-71, os Royals surpreenderam o mundo do basquete ao trocar Robertson com os Bucks por Flynn Robinson e Charlie Paulk. Nenhuma razão foi dada oficialmente, mas muitos especialistas suspeitavam que o treinador Bob Cousy estava com ciúmes de toda a atenção que Robertson estava recebendo. A relação entre Oscar e os Royals azedou a ponto de Cincinnati também ter abordado os Lakers e os Knicks sobre acordos envolvendo seu jogador.
No entanto, a negociação provou ser altamente benéfica para Robertson. Depois de ficar preso com uma equipe de baixo desempenho nos últimos seis anos, ele agora estava emparelhado com o jovem Lew Alcindor, que anos mais tarde se tornaria o líder de todos os tempos da NBA como Kareem Abdul-Jabbar. Com Alcindor no low post e Robertson no backcourt, os Bucks alcançaram o registro de 66-16 da liga, incluindo uma sequência recorde de 20 vitórias consecutivas, um recorde dominante de 12-2 nos playoffs e coroaram sua temporada com o título da NBA ao varrer o Baltimore Bullets por 4-0 nas finais da NBA de 1971. Em seu primeiro jogo nas finais da NBA, Robertson registrou 22 pontos, 7 rebotes e 7 assistências pelos Bucks. Pela primeira vez em sua carreira, Robertson ganhou um campeonato da NBA.
O veterano Robertson ainda provou que era um jogador valioso. Emparelhado com Abdul-Jabbar, mais dois títulos de divisão com os Bucks se seguiram nas temporadas de 1971-72 e 1972-73. Na última temporada de Robertson, ele ajudou a levar o Milwaukee a um registro de 59-23 na liga e os ajudou a chegar às finais da NBA de 1974. Lá, Robertson teve a chance de encerrar sua carreira estelar com um segundo anel. Os Bucks enfrentaram uma equipe do Boston Celtics comandado por um inspirado Dave Cowens, e os Bucks perderam em sete jogos. Como prova da importância de Robertson para os Bucks, na temporada seguinte a sua aposentadoria os Bucks caíram para o último lugar em sua divisão com um registro de 38-44 apesar da presença contínua de Abdul-Jabbar.
Robertson foi eleito para o Wisconsin Athletic Hall of Fame em 1995.
Robertson jogou como armador e foi doze vezes All-Star, onze vezes membro do All-NBA Team e uma vez vencedor do prêmio MVP em 14 temporadas. Em 1962, ele se tornou o primeiro jogador na história da NBA a ter uma média de triple-double em uma temporada. Na temporada de 1970-71, ele foi um jogador-chave na equipe que trouxe aos Bucks seu primeiro título da NBA.
Robertson foi duas vezes indicado ao Naismith Memorial Basketball Hall of Fame, tendo sido empossado em 1980 por sua carreira individual e em 2010 como membro da equipe olímpica de basquete masculino dos Estados Unidos de 1960 e presidente da National Basketball Players Association. Também em 1980, Robertson foi nomeado para a equipe do 35º aniversário da NBA. Em 1996, ele foi novamente votado como um dos 50 maiores jogadores da história da NBA em 1996. A Basketball Writers Association dos Estados Unidos rebatizou seu prêmio de College Player of the Year como Oscar Robertson Trophy em sua homenagem em 1998, e ele foi uma das cinco pessoas escolhidas para representar a classe inaugural do National Collegiate Basketball Hall of Fame em 2006. Ele foi classificado como o 36º melhor atleta americano do século 20 pela ESPN. Em outubro de 2021, Robertson foi homenageado como um dos maiores jogadores da liga de todos os tempos ao ser nomeado para a equipe do 75º aniversário da NBA.
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